Para as dificuldades da vida, virtudes.
Não se engane, não pense que tudo é mal. Não se vitime, seja inteligente, porque tudo tanto pode como lhe é útil. Não há nada totalmente negativo e tudo pode ser revertido.
Não há do que reclamar, porque tudo em tudo há uma lição, a austeridade há de se provar na adversidade e aquele que não tem dificuldade não demonstra ter virtude alguma, pois não tem oportunidade.
E é assim, na dureza, que elas se apresentam, como quando as coisas não acontecem como não se espera, deve-se ter paciência; quando as expectativas não são preenchidas por uma pessoa, espera-se compreensão; quando alguém erra por sua condição, misericórdia, e quando o esforço dela é grande, compaixão.
Num mundo que vive em paz e harmonia perfeita, só existem pessoas totalmente maduras ou santificadas, haja vista que onde houver ser humano, haverá erro. Por isso, essa existência não é um total martírio, um mar de dores e sofrimento, quem pensa assim é uma pessoa mimada, imatura, viciada.
Não que seja bom que as coisas aconteçam do jeito errado, e é bom que não aconteça, mas que não há motivo para se entrar em desespero, porque até da morte injusta, e só dela que se pode vir o martírio. Contudo, uma vida assim, descentralizada de si mesmo, não só constitui uma verdadeira vida, mas se torna um desafio constante que nos causa prazer e nos instiga a vencer.
Por isso, quanto menor o obstáculo, maior a percepção para se perceber e nisto prova-se atenção, e se for grande, a inteligência é necessária. Quanto mais pesada a cruz, mais força se prova, e quanto mais longo o caminho, mais perseverança, vigor. E em tudo, esperança, fé e amor, que quando juntas a humildade, são a razão, fundamento e alimento para toda virtude.
Um dia, quando o sol não mais se ausentar, quem perto dele estiver não fará mais esforço algum, toda adversidade haverá de cessar, e se viverá feliz plenamente, sem erro, sem dor, sem cruz, sem peso, por toda eternidade.
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