O príncipe de Maquiavel

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Napoleon ueberquert die Alpen-2

Certa vez eu emprestei um livro de Maquiavel, famosíssimo, chamado “O Príncipe”, e não me foi devolvido. Pergunto-me por quê. O que demais esse livro tem? Que tantas “verdades” são capazes de fazer um ser humano não me devolver um livro que custa dez reais pelas livrarias? Se fosse um “Imitação de Cristo”, um “Irmão de Assis”... ainda teria alguma explicação, já que são livros indispensáveis e tem gente que tem preguiça de dar uma passada em uma livraria, mas Maquiavel tem em todo lugar!

Eu fico é pensando no verdadeiro Príncipe, o Príncipe da Paz, porque se eu escrevesse um livro com tal nome, só poderia ser sobre ele. Mas o conteúdo iria ser tão diferente... Esse outro é príncipe da guerra, consegue as coisas matando todo mundo e vendo todo mundo como maldoso. Ainda que seja verdade que as pessoas são maldosas, mas isso não é justificativa para a prática da maldade.

“Prefiro ser temido do que ser amado”, diria o príncipe falso. Eu não consigo entender quem se sujeite a esse príncipe, já que agir pelo temor é agir sem liberdade. Como um ser humano pode gostar de um livro que ensina aos seus governantes a tirar-lhe a liberdade? É fazer muito papel de babaca... O Príncipe da Paz age na liberdade e ainda é capaz de perquerir aos próprios seguidores se querem voltar atrás. Ficaria sozinho pela verdade que é a sua vida.

Verdade... Tem tanta coisa disfarçada de verdade nesse livro, que acaba sendo uma tremenda mentira. É claro que a parte histórica é verdadeira, inclusive a que fala mal da Igreja, mas é só por um ponto de vista. Nesse ponto, é aceitável e útil, porque aprendemos, nós que somos membros, a amar a Igreja independente de seus demais membros ou pastores. Afinal, quem nunca pecou que atire a primeira bala.

Mas, o grande veneno mesmo é o tal do utilitarismo, esse que diz que “se for para o bem da coletividade, os fins justificam os meios”, ou, em outras palavras, “se eu balancear e ver que o final tem mais valor que o que eu abri mão por ele, vale a pena ir por esse caminho”. Essa maldita ideologia me fez fazer muita besteira e só Santa Teresa d’Ávila bateu o ponto final na dúvida e disse que nenhum pecado é justificável. Descobri que isso é desculpa de preguiçoso ou mesmo de retardado intelectual, como se pensar cansasse o corpo. Sempre há uma saída honesta, e se não houver, aí mora o martírio, e onde está o martírio, está o heroísmo. Por isso, para quem sempre sonhou ser um super-herói, como eu, existe um caminho muito fácil, sem precisar de super poderes, é o sacrifício de si mesmo.

Hoje eu vi o pai desse que não me devolveu o livro e pensei em escrever este texto. Não para pedir-lhe de volta, mas para dizer que não quero mais. Não preciso mais dele. Já tirei o que dele foi bom e foi muita pouca coisa. Afora isso, bem me foi útil o amor, a proteção e a graça de Deus, porque se não fosse, essa obra me levaria ao fogo eterno do mal.

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  1. I'm speechless! De fato, você já tirou o que dele foi bom! ^^ E que bom que o fez com a graça de Deus!

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  2. Então, já que vc citou, me empresta o 'Imitação de Cristo'? kkkk

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