Maria, Mãe do Menino Deus
Nesse tempo de Natal, não consigo pensar em outra coisa, ou em outra pessoa, senão a Virgem pela qual esse Natal se deu. O Natal não é outra coisa senão o Deus menino que sai do ventre de sua mãe para o seu colo, como o Deus na Eucaristia que é tirado de dentro do sacrário e vai para o ostensório, a fim de ser adorado.
Maria foi concebida sem pecado original, isto é, nasceu pura como seria a humanidade se não fosse o pecado dos nossos pais Adão e Eva. No ventre dessa verdadeira mulher, Deus Pai preparou morada perfeita para o Seu Filho que é Ele mesmo, em substância, fertilizando-a pelo Espírito Santo.
Maravilhoso ventre que foi pelo Filho de Deus habitado, que homem nenhum ousaria violar. Só um homem justo seria digno de pertencer àquela família que trouxe a salvação à humanidade. Assim, José aceitou ser padrasto de Deus, mesmo que terrificado por tudo que é essa posição.
De fato, foi Deus que o escolheu por seu padrasto, de modo que cuidasse bem de si e de sua Digníssima Mãe, aceitando e compreendendo aquele plano que era maior que ele mesmo e viver numa família e numa condição totalmente sobrenatural. Sua esposa era mais esposa de Deus do que sua. Ele a desposaria enquanto vivo, e, por outro lado, Deus a desposa na eternidade.
Assim, Maria é a alma verdadeiramente esposa de Deus, que fez com que se abrisse essa nova compreensão do relacionamento com Deus para todos os seus filhos: nós, que devemos desposar nossa alma à de Cristo, fazendo em tudo sua vontade, como ela mesma nos ordenou nas bodas de Caná, quando disse “faça tudo que Ele vos disser”.
Por isso, do mesmo modo que não se pode ver um bebê recém-nascido sem sua mãe, não se pode compreender inteiramente o Menino Jesus que nasce, sem olhar para a sua Virgem Mãe, recebendo-o de suas mãos. Do mesmo modo que só é digno receber nos braços um bebê se autorizado por sua mãe.
Recebamos a Deus nesse Natal pelas mãos de Maria, e prestemo-la toda honra digna de uma recém-mãe! Louvemos e glorifiquemos a Deus que nasceu por Maria!
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