A neblina

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O futuro, incerto como é, não nos deixa enxergar muito o caminho. O caminho é uma sombra, e temos que seguir sem nos exigir que vamos acertar em tudo que fazemos.

Certa vez alguém que confundiu dons de Deus com coisas de Nostradamus disse: "Igor, não se preocupe com o seu futuro, porque ele já está definido". Essa coisa meio calvinista me fez perder muito tempo da minha vida e, com o tempo, acabou me causando muita revolta - realmente demorei muito a entender que isso seria impossível.

As pessoas geralmente tem esse conceito, de que Deus sabe o futuro e que, por isso, esse futuro é definido. Só que as pessoas não são idiotas como eu a ponto de levar ao pé da letra e chegar a criar um ódio de Deus porque, se algo aconteceu, é porque estava planejado por Ele. Eu fiz isso. Muitas vezes deixei de estudar ou mesmo dizia que se eu não tinha vontade de estudar, é porque Deus não queria que eu estudasse. Burrice!

Na verdade, o futuro está por trás dessa neblina, porque às vezes vemos a silhueta, só que com a diferença de que não é definido. O futuro é como uma montanha que vemos na neblina e que nunca chegamos dela, porque simplesmente não está mais aí. O futuro é um concatenado de bilhões de futuros, de bilhões de liberdades, de bilhões de decisões, se contar com casos fortuitos ou eventos da natureza. Se alguém ousa dizer teu futuro, não creia, mas, por outro lado, se alguém tem acesso, você sabe que a pessoa está certa, e esta pessoa diz para você o que Deus quer para o seu futuro, aí você pode ter algo de suspeita. Se Deus, o único que conhece todas as possibilidades e tendências reais de futuro, diz o que quer e o que espera dele, mergulhe.

Entretanto, mesmo mergulhando em uma vontade de Deus, existe aquele famoso princípio e que é absoluto: tenha fé como se tudo dependesse de Deus, e trabalhe como se tudo dependesse de você. Isso deveria entrar na cabeça de todos de todo jeito.

O importante mesmo é nunca ter medo, porque mesmo em meio à toda indefinição, mesmo que tudo der errado, no final tudo vai dar certo.

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Inauguração

Um comentário
Eis que farei mais uma tentativa. Tomara existam leitores desta vez.


Ligo para ela para dizer que criei um blog? Não. Acredito que não se interessa por esse lado filosófico meu, interessa-se sim pelos questionamentos que me faço, e ao chegar a minha "subsunção", acredito que a faço aprender algo, graças a Deus ela aprende rápido, confia demais nas pessoas e a procuro proteger ao máximo por causa disso. Ela sabe se virar mas acredito que posso ajudar.


Paro de escrever para estudar? Não. Não vivo para estudar, estudo para viver, mesmo estando em véspera da prova mais difícil, não consigo ter uma mínima vontade de me prender aos livros e caderno. Pode ser que esteja errado, mas acredito na minha consciência. Talvez não queira a escutar.


Em relação à confiança. Porque confiar nas pessoas? As pessoas nos traem. Porque não confiar? Devemos acreditar que todos são dignos de confiança até que se prove o contrário, ou que todos são indignos e cabe ao honesto o ônus da prova? Creio que nossos traumas e decepções interferem até nos nossos princípios, de tanto ser decepcionado, posso deixar de acreditar nas pessoas, mas pode haver alguma que mereça minha confiança e eu não a dou. Como me sinto quando não confiam na minha honestidade. Se me aborreço tanto quando não acreditam em mim, porque não posso eu acreditar? Se os guardas não fiscalizam quer dizer que eu posso burlar as leis? E se um dia um guarda honesto em seu trabalho me pega? Agora, se eu não sou honesto para com as pessoas, não posso delas cobrar honestidade alguma.


Porque estudar? Devemos estudar para viver ou vivermos para estudar? Talvez, nos dias de hoje, em que se deve ser o melhor para ter um lugar certo no mercado de trabalho, seja necessário vivermos para estudar, para que possamos um dia viver despreocupadamente. Enquanto outros estudam para viver, estudam o necessário para ter um bom rendimento, o suficiente para passar por média, passar no vestibular, aqueles que vivem para estudar passariam em primeiro lugar, enquanto estes são os medianos. Há outros, que nem estudam para viver nem vivem para estudar, deixam os estudos em último lugar, a estes nem lhes resta a sorte de ter talento para área que não seja científica. Hoje, o estudo é necessário a todos. E a mim, agora, é necessário terminar de escrever e, humildemente, rebaixar-me ao meu caderno e livro, por enquanto, ou não, eles são maiores do que eu.


Clamo a Deus que providencie leitores, estes que desejo fervorosamente que discuta o que aqui for escrito.

Boa noite.

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