Os mansos herdarão a Terra

Nenhum comentário

plague-painting_3338_600x450

Não se engane, não. Não seja trouxa. Jesus também era manso e, por isso, ser cristão é procurar ser também. Não ache bonito cristãos revolucionários, ou daqueles que falam alto discutindo, brigando, arranjando contenda, seja na esquina de casa ou dentro do Congresso Nacional.

O cristão é o rei do diálogo, da paz. Faz de tudo para não precisar usar a força, nem a alta voz, deixa isso só para quando necessário. Em vez de gastar energias querendo impor algo a alguém, usa-as para amar.

Cristão que é cristão tem dentro de si e exala o Espírito Santo, as graças, os frutos de Deus nesta forma. Lógico que existe o temperamento de cada um e que não deve existir cristão abestalhado, contudo, o cristão tem um detalhe especial, é que ele é mais do que si mesmo. Ele não enfrenta o mundo e as dificuldades sozinho, é ele e mais alguém dentro dele que o move sempre para o melhor.

Bonzinho é pejorativo, o cristão manso deve ser bondoso e ao mesmo tempo justo. Não deve apelar para artifícios, estratagemas ludibriadores, já que para nós, os fins não justificam meios injustos. A artimanha existe para quem não quer fazer tanto esforço.

Revolução, só a do amor, que deve continuar sempre. Cristão revolucionário tem outro Deus, só não é Jesus. Interpretar as palavras do Evangelho conforme o pensamento de Bakunin, Marx, Trotsky ou qualquer outro desses, é fazer papel de idiota, retirando a verdade dela mesma e procurando um meio de justificar a ideologia que segue.

Cristão com arma, só se for para defender-se ou, com ainda mais valor e dever, se for para proteger a outrem de uma agressão injusta. Cristianismo e guerra não combinam, a não ser que se queira utilizar da ideologia para dominar, enriquecer e ter poder, o que realmente aconteceu várias vezes na história.

Machão cristão, cristão valentão, só se for piada. Cristão que é cristão é macho na virilidade necessária e valente para lutar pela justiça, sem armas, mas renunciando até a própria vida.

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Impostos: para onde vai dinheiro?

Nenhum comentário
senado01
Em notícia veiculada, e copiada, como sempre, por outros informativos eletrônicos, sabe-se, agora, que o Brasil tem a pior relação custo x benefício com os benditos dos impostos. Esses aí que fazem com que carros, computadores e celulares tenham o dobro do valor que deveria ser. Mas, por que não ir mais a fundo nessa questão e entender a razão de tudo?
 
Pode ser mais simples do que parece. Os impostos não têm retorno direto à população e o que grande parcela da população não sabe é que a roubalheira acontece nas licitações. O TCU é quem melhor fiscaliza tudo, mas é amarrado, em razão de não ter poder de jurisdição (o que os juízes têm, de mandar parar tudo, por exemplo). Além do mais, facilmente pode ter suas contas cortadas pelo governo federal, que não quer ser fiscalizado. Lembre-se de Lula, que fazia constantes críticas ao TCU, porque, na verdade, impedia o seu grupo de roubar melhor.
 
Vamos fazer um breve raciocínio. Políticas de inclusão econômica social fazem com que os mais pobres tenham alguma possibilidade de compra (pelo menos agora, no Brasil, o pobre não fica mais pobre), os ricos têm advogados e contadores contratados e pagam bem menos impostos do que deveriam. E a classe média, a que sustenta o país, essa sempre se ferra. No final das contas, é a classe média que sofre a dureza dos impostos, já que o mais pobre para quase tudo tem seu caminho facilitado, inclusive na justiça.
 
A classe média explorada quer ter carro, casa, eletrodomésticos e etc., e vai pagar por tudo isso. Não vai deixar de comprar por causa dos impostos, por que são produtos essenciais. A parcela mais rica vende casa, compra carro à vista e os eletrônicos compra mais barato fora do país. A mais pobre, tem casa facilitada pelos programas de moradia, quando tem casa, anda de ônibus e de eletrônico, tem o básico em casa (obviamente tudo isso é uma suposição). No final das contas, a classe média é que sustenta tudo.
 
Impostos mais caros com a classe média presa, perfeito. Arrecadação recorde, melhor ainda. Agora o governo vai gastar, em parte. Boa parte desse dinheiro serve para dar força aos bancos brasileiros que são os que mais crescem e, que, provavelmente, financiam as eleições. Já a outra, obras. PAC, perfeito! Para as empreiteiras está feito o negócio. Só uma pausa para uma lembrança. Nos países desenvolvidos o setor que mais movimenta a economia é o com tecnologia agregada: eletrônicos, carros e tal. No Brasil, é o da construção civil, por dois motivos: o crescimento do país e a corrupção agregada. Ou será que nunca se viu venda ou troca de terrenos públicos com preços reduzidos?
 
Os impostos dão dinheiro para os políticos, na verdade, para quem sustenta o poder. Os partidos que revezam e não tem propostas diferentes e as empresas que os financiam e ficam com a parte lucrativa quando o seu time assume. É justamente isso, time. Porque os militantes não são nada mais do que torcedores de time de futebol, aqueles que são empresas. Eles torcem e sustentam partidos que não estão nem aí para eles. É aí que tem que começar a mudar, porque a política no Brasil ainda tem influência privada. Os eleitores brasileiros ainda não sabem pensar no público, vendem voto, votam na família, pensam no emprego e assim continua a mesma estrutura.
 
Reforma tributária só vai ficar na promessa, reforma política do mesmo jeito, pois ninguém tem interesse em se prejudicar. Essa estrutura é totalmente favorável já que no Brasil política é profissão. Quando debatem sobre os candidatos, não pensam em quem é melhor para o povo, mas para quem fala melhor, quem é mais articulado, e o povo se engana. Enquanto o povo não tiver educação de verdade e for vendida toda essa cultura de plástico, nisso se enquadra música, programas de televisão, filmes e muito sexo, esse país não vai mudar.
 

Nenhum comentário :

Postar um comentário

O teste de Abraão

Um comentário

DSCN5408

Abraão foi um teste, sim, mas um teste exemplar. Ele passou com louvor. E você, e eu? “Amarás a Deus sobre todas as coisas.” Afinal, o que isso significa? “Dá-me o que me pedes”, Abraão não disse. “Deste-me e agora me tomas?” Ele não resmungou... Sim, Senhor, aqui estou. Sacrificar-se, doar-se em holocausto talvez preferisse, mas seu filho amado, não, com certeza preferia ir em seu lugar. Mas, felizmente, seu amor a Deus era maior que ao seu próprio filho.

Aqui vou eu, em meio às inúmeras quedas, tentando fazer o que Deus me pede. Ele, Senhor, autor da minha vida e, por minha liberdade, feito dono de mim. Quem dera ser como Abraão, quão melhor escreveria... tão melhor eu seria. Mas, não, sou este pobre pavão. Uma águia tentando reconhecer ser um passarinho e fugindo das hienas e dos cabritos. Não quero amizade com eles. De carneiro a ser feito cordeiro, é o caminho a que sigo, mesmo que entre passos para fora ou para trás. O vento me carrega.

Dois reis não reinam em paz e, entre um rei louco e um Rei sábio, prefiro o sábio. Destituo-me, pois, do meu lugar. Não sou nem quero ser o rei da minha vida, que seja ao menos governador e cuide de assuntos menos importantes. Não conheço o mundo, nem meus inimigos. Prefiro ser obediente e cuidar daquilo que conheço. Não sei para que sirvo, prefiro ouvir quem sabe; não sei o que posso, prefiro ser motivado por quem perfeitamente me conhece; não sei me proteger, peço ajuda de quem é bem mais forte.

Deus não me pediu um filho, ao contrário, deu-me o Seu. Contudo, eu também quero oferecer um filho, não o dele, mas este aqui, que o tome em sacrifício. Todos os dias eu não consigo, algumas vezes deixo de tentar, mas, nunca, de verdadeiramente querer. Tantas coisas devo deixar em segundo plano, para, pelo menos, aquele primeiro mandamento cumprir, e não faço. Tantas vezes tive que escolher e optei por mim, todavia, não é o que eu quero, nem o que quis. Hoje tomo o que me foi dado, ponho às minhas mãos meus talentos e vou em busca da multiplicação.

E assim vou tentando tornar minha vida exemplo, dando força aos meus pensamentos. Provando. Às vezes dou contratestemunho, deixando a vontade da carne falar mais alto que a minha própria, e me arrependo. Discutindo, me irritando, ficando confuso, com saudades, com vontades, necessidades, apoiando-me nas verdadeiras amizades, cantando junto com minha família a minha felicidade, vou todos os dias, não conseguindo, mas ao menos tentando, com todos os sins e nãos, passar no teste de Abraão.

Um comentário :

Postar um comentário

Riqueza x pobreza

Um comentário

Galera, é o seguinte. Já vimos que Jesus era casto. Agora vamos falar do pobrezinho que nasceu em Belém. Já aproveitando essa chamada pra falar da indignação do eu-lírico aqui com esse termo “pobrezinho”, agora é pra ter peninha de Jesus, é? Até bebezinho ele era o dono de todo o universo, nasceu num lugar pobre porque quis.

Olha, tem uma passagem na Bíblia que diz que tudo foi feito Nele e para Ele (Jo 1, 3 pra quem duvidar), e isso é a base de todo o raciocínio deste eu-lírico aqui que vos redige as palavras. Isto é, a pobreza de Jesus não era uma pobreza condicional, mas opcional. Ele era tão pobre, no bom sentido da palavra, que era dono de tudo, mas agia como se não fosse.

É sério isso. Jesus era pobre demais, totalmente desprendido de tudo que tinha criado. Não queria nem saber. Ouro, diamantes, queria nada disso não. Dava muito mais crédito, ou, na verdade, só dava valor às realidades espirituais, no lugar das materiais. E também não tinha besteira com gente rica, foi comer na casa de Zaqueu e este aprendeu a lição, e, sabendo que não precisava ser mendigo, doou o que estava sobrando. Falando nisso, existe um chamado à uma pobreza total, sim, para quem quer ser igualzinho a Jesus mesmo, além disso, é o caminho da perfeição, conforme disse ao jovem rico para vender tudo, dar aos pobres e segui-lo, se ele quisesse a perfeição.

É por essas coisas que, se eu pudesse dar algum conselho, sendo bem direto, eu não dava crédito algum a essas teologias protestantes que falam muito bem de riqueza e de dinheiro. Meu amigo, o Reino de Deus não é deste mundo, conforme Ele disse, e pior, de acordo com o que eu escrevi logo aí em cima, o caminho melhor é o da pobreza e desprendimento material. Do mesmo jeito não dava atenção a teologias comunistas de meia tigela, pelo mesmo motivo. Aliás, abordando isso, é tão distante uma ideia comunista, socialista, anarquista do cristianismo que prega a liberdade, que só se pode pensar que, na verdade, um monte deles se infiltrou na Igreja e começou a deturpar com as suas teologias loucas, ensinaram aos padres e eles não tiveram senso crítico e conversão suficiente para recusar. Olha Judas aí de novo (se tem dúvida do motivo que eu falei isso, pesquise sobre as interpretações da traição de Judas).

Mas, é isso. Para não me estender demais, mostro logo que cristão e riqueza não combina nada, pelo menos a riqueza ostentada. Se não tiver gente rica, não tem quem tenha trabalho, porque não tem patrão. A questão da riqueza é dar valor mais ao dinheiro do que a Deus, deixar de ajudar às pessoas, achar-se superior. Ainda mais, falando a verdade, é um bom teste de hierarquia de sentimentos, imaginar-se se Deus pedisse aquela oferta de Abraão por Isaac a você, sendo Isaac o dinheiro. A meta é sacrificá-lo, e, quem sabe, se você for apto pra recusar tudo em honra de Deus, Ele saiba que você é o mais apto para possuí-lo, afinal, é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus, mas para Deus nada é impossível.

Um comentário :

Postar um comentário

Odiar e ser odiado

Um comentário

christian-fish-symbols

O cristão que não está disposto para amar e ser amado não se considere como cristão. Tampouco o que não se dispõe a odiar e ser odiado. O amor, como princípio fundamental do cristianismo, acarreta o ódio. O amor a Deus transcende no amor aquilo que Deus também ama, e consequentemente no ódio daquilo que Deus odeia. Deus odeia o pecado, pois o cristão também deve odiar.

Por outro lado, também deve estar disposto, assim como Jesus, a ser odiado. Cristão que quer agradar o mundo, também não seja, é nesses dias de hoje que não se quer ler nem entender quando se diz que o Reino de Deus não é deste mundo. Então, quem é cristão, que queira ser odiado pelo diabo, e que tome muito cuidado para não ser.

É difícil, é verdade, por isso mesmo não tem quem não caia, mas tem quem se levante. Odeie o pecado em mim, saiba que ele não me pertence, e me ajude a levantar que eu, do meu lado, tentarei fazer a minha parte.

Um comentário :

Postar um comentário

Sobre o futuro e as profecias

4 comentários

hope-ken-day

Caros amigos,

Não é de hoje que alguém vem tentar me assustar com previsões para o futuro, é profecia de São Nilo, terceiro segredo de Fátima deturpado, e mais um monte de previsões futurísticas de todo tipo de gente, de santos até bruxos. Não venho reclamar de nada aqui, ao contrário do que sempre se espera, mas “contaminá-los” com meu pensamento.

Eu não acredito que a Igreja vai ser minoria, não acredito que vamos voltar a morrer só por sermos cristãos, não. Não acredito que haverá três dias e três noites em que ficaremos trancafiados em casa sem poder sair, e só teremos uma vela benta para nos iluminar, nem que haverá um Papa do “mal”. Não creio no “chip” do diabo, nem em código de barra na testa para determinar quem são os filhos de satã. Não perco meu tempo com nada disso.

Na verdade, o futuro não existe, pelo menos ainda não. Se o futuro não existe, não há como haver predição dele. Nada é certo, nem é determinado. Se se diz que o futuro da Igreja será tenebroso, é porque é o que está se construindo (o que não procede). Na verdade, deveríamos encher nossos corações de esperança para tentar mudar o mundo em que vivemos, não sermos vítimas dele, os coitadinhos dos cristãos que são os santos e o resto do mundo diabólico. Isso, na verdade, não passa de uma tentação de ser especial.

O Espírito Santo move a Igreja e as portas do inferno nunca prevalecerão sobre ela, não sabemos disso? Então, por que perder a esperança? Por que esquecemos que Jesus já poderia ter vindo, pode estar vindo agora ou em qualquer dia que ninguém sabe, sem precisar que nenhum desastre aconteça para isso. Na verdade, vamos lutar para construir um mundo bom e justo, para que ele sinta orgulho de nós quando voltar.

Do futuro só existe uma tendência, por isso, o maior profeta que já conheci, mesmo tendo errado, foi o filósofo Nietzsche, que era ateu e não usava nem um dom divino, exceto a sua inteligência. Nada é certo e as profecias são motivacionais. Não vamos falar das profecias que se cumprem no Evangelho, porque Deus fez com que elas se cumprissem, não porque eram determinadas, mas porque eram determinantes. Depois disso, nada é certo e de nada mais se sabe.

O livro do Apocalipse não prevê nada do futuro, na verdade, é uma linguagem simbólica para dar esperança de vida eterna para os cristãos tinham seu sangue derramado no tempo em que Domiciano era imperador de Roma. Então, nada de catastrofismo, negativismo, pessimismo, vitimismo. Se querem ser minoria, então deixe acontecer o que está acontecendo no mundo, e seja um cristão medíocre, não evangelize, não dê testemunho, não faça nada. Fique contra a Igreja e não dê ouvidos ao Papa.

Lembre-se que a profecia de Nossa Senhora de Fátima foi tendencial, ela dizia que se continuasse daquele jeito, iria acontecer o que ela previra, e deu certo. Portanto, que mais Nossas Senhoras apareçam para motivar novamente o mundo a mudar. E, pelo amor do Amor, vamos mudar a realidade com ou sem profecia, vamos construir um futuro bom para o mundo e para a Igreja. Vamos fazer de cada ano o fim do mundo da injustiça, da inverdade e do desamor, para que, quando Jesus voltar, volte cheio de amigos, não só com uns gatos pingados.

Com carinho,

Igor Carneiro.

4 comentários :

Postar um comentário

A perseguição e os covardes

7 comentários

hitler_rally

Alguém explica porque os cristãos hoje sofrem tanto preconceito, perseguição? Alguém sabe explicar qual a razão de ser mais aceito socialmente ser um depravado do que ser casto? Vai, alguém explica aí porque o Papa diz uma coisa, e dizem ser outra. Por que o maior evento do mundo é da Igreja Católica e nenhum meio de comunicação divulga e por qual razão ninguém sabe até que o maior festival de música do Brasil é com bandas católicas?

Vamos! Alguém explica aí! Porque está difícil ser um católico hoje em dia e querer ser aceito na sociedade ao mesmo tempo. Se alguém souber explicar venha e o faça, visto que os próprios cristãos estão cedendo seus valores para não serem vítimas de desprezo e chacota. Pouco a pouco estamos dando razão a realidades nunca aceitas. Lógico, a sociedade segue moda, em sua maioria, e se a mídia começar a falar, por exemplo, favoravelmente ao casamento heterossexual, como único válido, a grande massa a seguiria. Do que mais abriremos mão, daqui para frente, para vermos todos os valores bíblicos serem jogados no lixo?

Os católicos não estão mais acreditando no Papa, mas por quê? Por que pesquisam, leem as coisas que ele diz, assistem seus discursos, ou é porque acreditam no que os jornais dizem? Será que são tão idiotas a chegar no ponto de não imaginarem toda a intenção que existe desses meios de contrariar a Igreja? Todos os interesses econômicos existentes com o aborto, todas os laboratórios que desenvolvem os preservativos e todos os medicamentos contraceptivos e contra as doenças venéreas, ninguém pensa neles? Você acha que é mais vantajoso para o governo ter uma sociedade depravada que só pensa em sexo e festa, ou uma sociedade equilibrada que pensa e que quer mudar a realidade?

Ah, não! Você prefere desconfiar das intenções da Igreja Católica, não é? Dizer que ela é retrógrada, e que o/a presidente, que permite tanta corrupção acontecer é que fala a verdade. Diga-me aí se isso não é fazer papel de panaca? Se existe uma instituição em que se pode confiar é na Igreja, porque é a única que prega o amor. O governo quer o crescimento econômico, principalmente o do bolso dos governantes, e os meios de comunicação, ora, querem ibope, não têm nenhum compromisso com a verdade, e você sabe disso. Mas, vestindo a carapuça de jumento, burro, e o que mais for de adjetivo depreciativo da inteligência, prefere acreditar na palavra deles.

Aí nós, católicos, ficamos com vontade de agradar, de sermos abobalhados como o resto e começamos a colocar em cheque nossos valores. É o seguinte: ou lutamos para a coisa melhorar, ou começamos a ser cristãos de verdade, sendo sal e luz para o mundo, ou perdemos nosso sal e entramos na escuridão. Isso mostra, de fato, que não se tem nenhum amor verdadeiro por Deus, que não se cumpre nem o primeiro mandamento, e o que se quer mesmo é salvar a própria pele! Só não, infelizmente, a alma.

7 comentários :

Postar um comentário

Do amor

4 comentários

Sacrifice Oil Painting

Amor culposo? Amor por imprudência, negligência ou imperícia? Culpa imprópria ou até consciente no amor? Isso existe? Por acaso para ser amor, basta implicar em um resultado? O amor se revela na sua expressão e nela existe, é verdade, mas, e a expressão sem amor? A expressão é do amor e de amor, não de qualquer coisa que assim pode se chamar.

Não se ama por acaso, nem se ama por obrigação. Se o amor nasce da vontade, ele deve ser livre, deliberado, consciente. Isso para quem quiser se preocupar em amar, para os que creem que serão julgados após sua morte. Diz-se isto porque o julgamento dar-se-á pelo amor. Para um Deus que é o amor, a medida de tudo é a medida do amor, e o amor é a única coisa existente que não tem medida, por isso ser divino.

O amor não é robótico. Robô não tem alma, e é de lá que vem o amor, do coração. Um simples abraço não é amor, mas é amor aquele que leva ao abraço. Um simples beijo não é amor, mas aquele que não se contém e beija. O amor não é aquele que dá dinheiro a alguém necessitado que o pede, mas a dor do coração que o leva a ajudar. Rebaixamento por rebaixamento é fingimento, serviço por serviço é emprego e doação por doação é despejo.

No amor, o elemento mais importante é o interno, o subjetivo. É o querer bem, o querer acertar, o querer entender, o querer perdoar, o se compadecer. No amor, é o que está dentro que deve refletir o ato que o convalida. Por isso um simples olhar ou um singelo sorriso alcançar o valor de amor, e com mais resultado, porque é sincero. Não há quem não reconheça um sorriso sincero, nem um olhar verdadeiramente preocupado. Mas, até querer dar um sorriso e olhar, já é amor.

Entretanto, não se consegue sempre externar aquilo que se quer. O ser humano é imperfeito e falho, principalmente no amor. Ele tem algo de instintivo, carnal ou natural, que o impede muitas vezes de amar. Tem também limite da sua inteligência, da sua memória e da sua vontade. Nem sempre consegue entender o que necessita, não recorda o que deve fazer, e o pior, nem sempre a sua própria vontade o obedece. Quer abraçar, mas tem vergonha, quer beijar, mas algo o impede. Por isso, só o querer já é amor. Não se pode cobrar do homem tanta perfeição. Até por conta disso, se arrepender e querer mudar, também é amor.

O mais legal de tudo isso, é que o julgamento que se falou é feito pelo Amor, que é infinitamente mais do que tudo de perfeito que se pode aqui dizer. Se o Amor é que irá julgar, o julgar também será com amor. Por isso, é bom, desde aqui e agora, começar-se a se familiarizar, ser amor e com amor, e o amor sempre será com quem e para quem assim agir.

Já quem não acredita em nada, desconsidere tudo que aqui se viu e ame da maneira mais pura, sem interesse algum na recompensa que pode vir. Ame, tão simplesmente por amar, porque até um interesse na eternidade pode diminuir sua liberdade e você estará amando para comprar. Ame, esperando ir para debaixo da terra. Ame porque isso vem de dentro de você, porque você é amigo do bem, e o bem é amor. Perdoe porque o outro é falho, compreenda porque ele é humano, tenha compaixão porque você também é. Doe porque ele precisa, espere porque ele é importante, suporte porque tempos melhores virão, creia por fidelidade. Se esqueça até de Deus que eu garanto, que se ele existir, Ele nunca se esquecerá de você.

4 comentários :

Postar um comentário

O amor como forma de expressão

7 comentários

Caridade

Uma rosa vista numa foto não é uma rosa, é a representação ou recordação dela. Uma rosa é verdadeiramente uma rosa, se eu puder tocar nas suas pétalas, sentir seu delicioso perfume e me furar com seus espinhos. Do mesmo modo é o amor, pois um sentimento tão-somente não é amor, mas uma representação ou recordação dele. Um amor, só é amor se se vivê-lo, se as palavras forem representações de atos concretos, não algo puramente abstrato.

O amor em si tem três formas de se expressar: eros, filia e ágape. O eros é aquele “amor egoísta”, que faz com que queiramos a pessoa amada perto de nós. É o amor de querer possuir a pessoa, de querer estar sempre perto, ou mais. O filia é aquele amor de irmão, de amigo, pelo qual nós queremos o bem àquela pessoa, mas não queremos tê-la como um cônjuge. Já o ágape, é desse que tanto se tenta abordar nesse blog, é o amor de origem divina, o amor puro e verdadeiro, aquele que não é humano e o humano não o tem por si.

Algo interessante é que o ágape não é um sentimento, mas ele se identifica mais ainda quando aquele que ama não o tem o sentimento de amor. Um fazer bem a um inimigo, um perdoar uma falta grande, isso são exemplos do ágape. Esse amor não se constrói, se aprende e se dá. Aprende-se, de uma maneira perfeita, diretamente da relação com Deus, e de outro modo, de maneira mais imperfeita, com quem o compreendeu, e assim o amor ágape age muito mais pela inteligência, porque sempre a requer. Comporta certo reconhecimento e disposição de si.

Pode-se pensar, todavia, que ele tem origem, meio que automática, de uma vida de oração, mas pode-se crer reconhecer que seja bem mais do que isso, visto que pessoas extremamente devotas, por muitas vezes, são extremante desagradáveis, enquanto pessoas fora de uma vida religiosa dão aulas de amor. É mais algo de uso da inteligência, da memória e da vontade. Da inteligência porque para amar, exige-se determinada ponderação daquilo que mais pesa; da memória porque deve-se ter aquele conhecimento aprendido do que é o amor; e da vontade porque é só através dela que se ama.

Por isso mesmo, esse amor, o ágape, ele só é se for exteriorizado, já que não é um sentimento. O amor, nessa forma de se expressar, é muito mais uma ação, uma vontade, uma disposição. Esse amor, na maioria das vezes, é contra a vontade e vence a própria vontade, às vezes dói e dói muito para assim amar. É aquele se rebaixar, é se considerar servo de todos e também de si mesmo. Ele, diferente dos outros tipos de amor, tem-se também por quem não conhece, não gosta ou não se agrada da pessoa amada. Desse modo, quem só quer estar perto de pessoas agradáveis, quem só faz o bem para aquele que gosta, nesse campo que se fala aqui, não sabe amar.

Em todas as formas, pois, o amor é sua expressão. De que vale ter dinheiro e ele ficar guardado? De que vale ter um carro e não dirigir? Do mesmo modo, o amor só é válido se for amado. O amor é uma expressão, não só um sentimento. É muito mais válido não dizer que ama e fazer por onde acreditar do que sempre dizer a mesma coisa e nunca fazer nada. Mas, um dizer que ama, quando é verdade, é um belo ato de amor. Isso vale para os outros tipos de amor, seja para os casais que dizem que se amam e não se respeitam, para os filhos que amam os pais e não os obedecem, ou para os amigos que se amam e se traem.

O que importa, na verdade, é que sentimento qualquer animal tem, mas, a liberdade de amar, não. O homem pode optar por amar, optar por perdoar, mesmo sendo difícil, indo contra sentimento, instinto ou vontade. O ser humano pode escolher fazer o bem, independente de quem seja. O homem, e a mulher também, podem escolher fingir ou até mentir para não deixar o outro infeliz, mesmo que seja um inimigo. Que se destituía, assim, qualquer conceito de amor para aquilo que é conveniente, porque, na verdade, o amor exige muito mais um rebaixamento, um abandono da própria vontade, e isso dói.

E quando aqui se for falar em amor, sempre vai ser de agir, e de amar, e de fazer o bem, porque se é incapaz de definir o amor. Pode-se reduzi-lo ao dizer, tautologicamente, que é Deus, haja vista que se Deus é o amor, e o amor é Deus, mas não, não se sabe, só se sabe que é amor aquele que se pode reconhecer.

7 comentários :

Postar um comentário

Da Arte de Amar

4 comentários

rainbow

Por que amar implica um desprezo de si mesmo, será que isso é realmente correto? Será mesmo que servir é desprezar-se, que doar é desprezar-se? Amar, por acaso implica em diminuição da autoestima?

Desde quando amor quer dizer diminuição, subtração ou repasse? Desde quando é exigido que se ame menos a um para amar mais ao outro? Desde quando temos que amar pouco a nós mesmos para amar muito ao outro? Afinal, o que é o amor? Amor deveria ser tudo que é positivo, não? Por que então, o amor não gera sempre uma soma ou uma multiplicação?

O amor não deveria ser só eu, ou só você, deveria, sim, sermos eu e você. E desde quando o amor implica um desprezo de si mesmo, quando ele é necessário quando o outro precisa desse amor? Quando queremos mais a nossa satisfação, não chamemos isso de amor próprio, porque egoísmo não é algo nada positivo. O amor por si mesmo, por outro lado, deveria nos motivar a amar, por ser o amor a fonte da verdadeira felicidade e realização pessoal. Quem ama, também se ama.

O serviço e doação, na verdade, só têm conotação negativa, por causa do orgulho humano. A natureza humana, naquilo que é carne, quer ser rei, quer ser senhor. Por isso, o homem quer sempre ser servido. Deixar esse posto de deus de tudo e todos é negação de parcela de si mesmo, mas, na verdade, aceitação daquilo que é verdadeiro, que não somos deuses. Sendo deuses, cremos que tudo que nos tira dessa posição é negativo, por isso cremos que amar significa se desprezar, mas não. Amar é, tão somente, amar. Se lá que isso é pouco.

Aquele que se despreza, que tem autoestima baixa, preocupa-se demais consigo mesmo para amar. Quem é assim, na verdade, é porque não são correspondidos seus desejos de ser deus. Não é servido. E, quem se ama, não se permite ter de si conceito baixo, porque se serve antes de ser servido, e doa-se a si mesmo durante a vida inteira. E isto não implica que não sirva ao outro, e também que não se doe ao outro, até mesmo porque, quando souber verdadeiramente amar, servir-se-á servindo ao outro, e se doará ao outro, doando-se a si mesmo.

4 comentários :

Postar um comentário