Pessoas originais

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main-creation-paintingQuando os seres humanos pensaram ser iguais? Temos direitos iguais, porque somos iguais, dizem as feministas... Mas, se nem os homens são iguais entre si, quanto mais ao se comparar com as mulheres?

Cada pessoa é uma particularidade, um mundo diferente. Alienadas são as pessoas que se submetem às formas, aos modelos impostos pelo mundo. Somos acostumados com esse tratamento de rebanho, sendo, entretanto, seres humanos, pessoas cheias de particularidades.

Quem aqui sempre se sentiu à vontade na escola, porque tinha de ser tratado como igual a todos os outros? Eu não! Pelo contrário, não se tinham olhos ao menos para as minhas dificuldades, minhas limitações, e a escola foi nascedouro de grandes feridas a serem curadas na minha vida inteira. Não! Somos diferentes e devemos ser tratados diferentemente.

É muita preguiça que tem o ser humano e é com interesse em lucrar, e tão somente, que começou essa produção em escalas e fomos, paulatinamente, deixando de ser vistos como pessoas e passamos a ser números, isso para nós mesmos. Personalidade, personalizado... Essas palavras são derivadas de pessoa, não são? Pois é, mas nos fazemos todos iguais! Será que Deus não tem criatividade o suficiente?

Do mesmo modo são todas as criaturas, nenhuma é igual. Até as plantas, que não tem pensamento, são diferentes entre si. Por isso, a uma árvore, quando se vai podar, não se pensa em deixar igual às outras, pois fazê-lo é retirar todo a beleza que ela tem. Ao contrário, retiram-se tão somente os galhos podres e que estão se direcionando para lugares errados.

Somos obras-primas do Criador, e uma obra prima sempre é original! Portanto, aquele que se entende criatura de Deus, o artista por excelência, há de arrogar para si status de original, de única, insubstituível. Há de cobrar tratamento a ser dado a obra de arte, há de reclamar toda a dignidade de arte do criador e há de rejeitar qualquer tratamento igualador.

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Os servos dos talentos

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coin_bag_us_currency_6_x6_oil_on_canvas_325b37d82d39668c9be571f2be2080acNós somos tão vaidosos que sempre pensamos em talentos como sendo atributos, qualidades, dons específicos. Sempre pensamos talentos como sendo nós mesmos. Hoje, entretanto, eu acordei para uma possibilidade diferente, e muito melhor do que talentos serem simplesmente dons para serem utilizados como moeda de troca: a de esses talentos serem responsabilidades que tomamos com amor.

Imagine a possibilidade de um talento ser uma loja de perfumes que nos é deixada para a administração e que nós cuidamos bem dela, a ponto de fazê-la se desenvolver. Nada mais justo do que ser mais uma loja confiada a esse bom administrador. Ou, por uma perspectiva bem diversa, duas pessoas que são confiadas à condução de um diretor espiritual que faz um excelente acompanhamento. Com certeza mais ovelhas precisam de um bom diretor espiritual, a fim de que mais pessoas sejam bem guiadas para o caminho da santidade.

Todavia, esse caminho, o de os talentos serem tratados como qualquer realidade confiada por Deus, só pode ser seguido se for por amor a Ele mesmo. Ninguém há de querer mais e mais trabalho por fazer um bom trabalho, a não ser aquele que ama e se importa com a obra de Deus. Ao contrário, aquele que muito se ama, ao ser procurado em ver o frutificar de seus talentos, nada mais vai fazer além de fugir das cada vez maiores responsabilidades que Deus o dará.

Por outro lado, não se deve descuidar e pensar que tudo isso é delegação, retribuição e presente de Deus. Muito pelo contrário, todo cuidado é pouco para discernir, visto que facilmente pode ser a humanidade de algumas pessoas, daquelas que muito enxergam o exterior e pouco se preocupam com o cansaço de alguns pobres servos a dar tantas funções para estes coitados. Para discernir isto muito bem, existe a graça da obediência; e para as autoridades e os que se fazem mais necessitados de pessoas do que da graça de Deus, a caridade. O Senhor nunca há de dar mais tarefas do que alguém pode carregar, Ele não é incoerente. Por isso, qualquer exagero já está evidentemente fora de seus planos.

Servo bom mesmo é o que se faz servo e não patrão. Existem alguns cristãos desprovidos de bom senso que fazem de Deus um empregado que deve servir-lhes quando bem entender, e ainda cobram Dele frutuosos dons. Será que Ele se agrada desse atrevimento? Creio que não. Mas, sim, que, independente de possuir 5, 10, 50 ou mil talentos, se feito por amor e obediência, sempre há de se ouvir um servo bom e fiel. Não há muito que se preocupar quando existe verdadeiro amor e o temor servil vai embora.

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A Oferta Justa

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il_fullxfull.393322875_1s61Deve-se dar de graça o que de graça se recebe. Mas o que é que de graça se recebe? O que é que não se recebe de graça e o que se deve e não se deve dar? O que nos custa perguntar estas coisas a nós mesmos?

Nós compramos nossa morte com o pecado. Mas, o Céu, este nos foi dado de graça, porque nenhum preço por ele se pode pagar. Nem com a nossa vida, se Jesus não tivesse nos dado a sua. Portanto, não compramos nada que vem de Deus, o que não recebemos de graça é a conseqüência de nossos atos que desarmonizam com a vontade de Deus.

Não compramos a nossa existência. Se a temos, recebemos diretamente de Deus. Mas, se quisermos, podemos num ato de insurreição, de verdadeira revolução, querer tomar para nós mesmos aquilo que não é nosso, e por nossa liberdade rebelarmo-nos contra Deus. É certo que sofreremos a séria conseqüência de não sermos deuses, e adquirirmos a nossa infelicidade pelo simples fato de não podermos viver sem Deus, Ele é o autor da vida e não há vida senão Nele. De resto, tudo é penumbra.

Por isso, a viúva que ofertou sua única moeda, ofertou, na verdade, sua vida. Esta é a única oferta agradável aos olhos de Deus, visto que é a única que lhe é de direito. O que não ofertamos, tomamos como nosso, apropriando-nos indebitamente, injustamente e fraudulentamente, daquilo que é próprio de Deus.

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