Manifesto pela liberdade nº1

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logolc
Assim como a vida, a liberdade é um dom. Por ela, e só por ela, podemos ser. Pela nossa vida, nós existimos; já pela nossa liberdade, nós somos. Somos porque decidimos ser, somos porque somos realmente nós que vivemos e ninguém, ninguém, faz isso em nosso lugar. Pela nossa liberdade, não somente podemos existir, mas viver por ela, lutar por ela e protege-la.
Liberdade quer dizer também escolha, e você pode optar por ela, e não viver uma vida desregrada, levada pelo vento. Quem é livre tem o controle de sua vida, tem sob suas mãos um leme, este que pode levar para uma vida ou para uma morte eterna, já que somos eternos desde toda eternidade que existimos no coração de Deus. Já quem não é livre, se deixa levar pela opinião dos outros, pelas emoções do momento, pelas paixões passageiras, pelas modas e modismos, pela influência da mídia, pelas sensações e prazeres do corpo e pelos vícios que nos levam à ruína. Nunca se viu, nem nunca se verá, alguém realmente livre que, por sua livre escolha, decide o que é pior pra si. Nunca, nunca se verá algum ser humano que, realmente porque quer, porque escolheu, decide livremente pelas drogas, pelo sexo animal e irracional, pela lavagem cerebral, pelas moções econômicas, por uma namoradinha, uma estranha ou uma amiga em vez de si mesmo.
Liberdade é um dom e Deus nos deu. Entretanto, o que nós fazemos com este presente que de graça nos foi dado? Ingratidão. Reclamamos tanto dela, decidimos fazer tanta besteira por esta ingratidão que tanto sofremos, mas não pensamos que nós é que somos os primeiros ingratos. Destruímos aquilo que Deus nos deu, aniquilamos e deixamos sem nenhum rastro. Preferimos, ao contrário, optar pelo ladrão de nossa liberdade, pelo ladrão de nossa felicidade e pelo ladrão de nossa vida. Optamos por quem não nos deu nada, por quem não nos dá nada e nunca nos dará nada, ainda mais, quando não faz diferença, rouba o pouco que nós temos. Ah, se fôssemos menos ingratos e disséssemos ao menos, para aquele que nos deu vida e liberdade, que o errado que nós queremos fazer não é culpa Dele, mas pura opção nossa. Nosso desamor, nosso egoísmo, nosso orgulho, nossa vaidade, nada tem a ver com Deus, porque Ele é amor. Ele não é culpado de nada, nem nós mesmos somos, tantas vezes, mas, quando não somos culpados, somos idiotas e abraçamos o erro.
A você que se acha livre porque faz o que quer da vida, porque ninguém manda em você, quem é que disse que toda essa decisão por essa falsa liberdade, por essa liberdade burra, imbecil, estroina, você é livre? Quem foi que disse a você que toda essa rebeldia é liberdade? Você é livre, sim, mas quem foi que disse que essas decisões que você toma, são puras, que são o que realmente você quer fazer? A liberdade está na natureza, mas ela é irmã da inteligência. O livre, que por esta liberdade decide pular num precipício, é louco. Então, você, que se diz livre e pula o tempo todo num precipício, será que não é um louco? É isso mesmo que você quer? A ruína? A morte? Se você é livre e amigo da inteligência, decida por aquilo que é você, decida pelo amor que é você, decida pela vida que é você, porque, se você não se decide por si mesmo, como pode chamar isso de liberdade?
É hora de lutarmos pela nossa liberdade, seja pela honra de conserva-la, seja pela vontade de conquistá-la. Perdemos, sim, alguns de nós, mas podemos consegui-la de volta. Ela pode nos ser devolvida e, para isto, precisamos nos libertar da primeira e pior prisão de todas, que somos nós mesmos. Só é livre quem ama, e o amor, que é livre, é livre também de si mesmo.
 

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As praguinhas de Jesus

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idiot savant

Coisa alheia e estranha à moral são algumas tendências que possui o ser humano, coisa que não precisa de nenhuma influência exterior. Como explicar toda uma inclinação à religiosidade e espiritualidade que possuem alguns e a aversão ao sobrenatural que possuem outros? Uns acreditam no que se prega e ainda inventam mais no que crer; já há outros que vedam seus olhos espirituais e só depositam sua fé naquilo que podem ver e tocar. Se isto é alheio à moral, é porque algo de anterior a ela deve existir no homem.

No cristianismo é bastante interessante. Quer dizer, naquilo que se inventa de chamar de cristianismo, já que Cristo era bem equilibrado. Ele, tendo todo o poder do universo e mais, praticava seus milagres só quando realmente tinha de ser, vivia no mundo real mesmo sendo o sobrenatural em pessoa. Mas, há alguns segmentos (se é que assim se pode chamar) do cristianismo que a tudo dá uma explicação incrível. Se não encontra emprego é porque está com encosto, e até se a pessoa fala alto, ela precisa de cura. Propagam um Deus meio liberalista e capitalista, que gosta muito de dinheiro e de fazer com que ninguém tenha trabalho nenhum. Eles não têm pecado algum, porque o mal que eles praticam não é deles, é do diabo; por outro lado, condenam o que não é parecido com eles ao quinto dos infernos.

Vergonha na cara é o que falta para muitos desses. Já para outros, o que falta é um tanto de leitura de coisa que realmente preste. É muita cara-de-pau não querer ter culpa de nada que faz e tirar a de quem gosta, é muito fácil viver num mundo sem enxergar a realidade, colocando asinha e auréola em uma parte, e chifre e rabo no resto do tudo. É muito bom viver errando com a desculpa de que é pecador, que é miserável, um vaso de argila! Eles são como capim-annoni, verdadeira praga espalhada por todo lugar, são enganados por todo mundo e acabam enganando o resto que falta. O que acaba acontecendo é uma cadeia de alienados e alienadores, parece que a idade média ainda existe, ou que o cristianismo apareceu antes dos pensadores gregos.

Por outro lado, há os ceguinhos. Eles não param para ver a realidade mais real ainda do que a que conseguem enxergar. Estes acreditam que todos que têm experiências sobrenaturais são mentirosos, que todos os milagres não passam de uma farsa e de tudo que é mais lindo e sagrado retiram todo o significado. Aqueles astronautas absolutizam até o que é relativo, mas estas emas fazem o contrário, relativizam até o absoluto. Elas, em vez de pensarem que às vezes um valor sobrepõe a outro, preferem dizer que tudo é relativo (preguiça de pensar). Na verdade, a vaidade move ambos. Os inquisidores são daquele modo para serem superiores, pois são os abençoados, os escolhidos, um dos 144 mil do apocalipse. Já estes narcisistas se acham superiores a tudo aquilo que não podem tocar, seja com a razão, seja com a sensibilidade. Essas ervas daninhas tentam tirar até de Deus aquilo que é propriedade Dele, de Sua razão e derivação. O resultado é que um guerreia com o outro sem ver que são os dois que estão errados.

Estes exagerados bem que podiam seguir o caminho do meio, deixando a idiotice de lado e abrindo o coração. A mistura deles seria um cristão legal, porque o que é acostumado com a mediocridade enxergaria um mundo todo fantástico, e o tendente ao mágico buscaria enxergar o óbvio. Por isso, está na cara que se se diz por aí que a religião é o ópio do homem, não é por culpa dela, não, e sim pela sua burrice e incredulidade, astigmatismo e miopia, que fazem reconhecer os homens de bom senso, muitas vezes ateus, que eles não têm nada a ver com aquele que dizem seguir.

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Do Aprisionamento Moral

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-Oil-painting-Prison-Scene-c

Eu não sei quem sou. Prefiro aceitar o que dizem que eu sou. Sou o resultado de um mundo de linha de montagem, de produtos fungíveis e consumíveis. Nada mais tem seu valor próprio, e eu também não tenho. Sou preso a fazer o que consideram ser comum, porque não quero, de modo algum, me sentir deslocado da realidade em que vivo.

O homem e essa sua tendência de pertencer ao grupo, será que é essa minha natureza que limita tanto as minhas opções? Se eu estou perto de pessoas corretas, sou tendente a não querer fazer coisas erradas, já quando estou perto das erradas, me constranjo ao contraria-las fazendo o certo.

Mas, uma coisa eu sei, é que uma coisa é o que eu sou e outra é o que eu estou sendo. Não entendo porque tanta gente confunde o ser, na essência, com aquilo que se construiu com toda uma influência exterior. O que eu sou, na verdade, está no interior de mim, o que não pode ser visto com olhos carnais. Contudo, mesmo sabendo disso, existe toda uma força a me constranger a querer entrar na linha de montagem de pessoas.

Ainda mais, agora, sabendo de todo esse aprisionamento moral que existe dentro de mim, o que me leva a querer ser o que é comum, a fim de não ser excluído, é que me preocupo em buscar cada vez mais o que é realmente que há dentro de mim. Começo a ter medo, já que os valores que são impostos pela mídia são o que favorecem ao consumo, do que posso me transformar. O que será que será feito de mim se não aprender a ser eu mesmo em vez de um alienado midiático.

Burro digo que sou se, imbuído de toda tolice possível, num grande momento de revolta, cantar que nasci assim e vou morrer assim. Que assim é esse que sou e que irá morrer imutável? O que eu sou de verdade, este sim, desconhecido e imutável, é o que eu não consigo ser. Esse meu ser escondido é o que pode ser realizado, satisfeito, afagado, se encontrado. E é por isso que não quero ser aquele passarinho que, por não saber por onde voar, acabou por ser machucado por um caçador.

Confio em tudo e em todos, menos naquele caçador. Aquele que não quer o melhor para mim, aquele que não me ama, que me vê como número, produto a ser satisfeito para se satisfazer. Aquele grupo dominante, o do dono do dinheiro, que me impõe o que é certo ou errado. Nele, só nele é que eu não devo confiar. Sei que, quando estou ali sentado na poltrona sou visto como aquele peixe a ser pescado, e a programação não é aquilo que irá me fazer bem, mas a isca saborosa. Sei também que se for me deixar dominar por aquela isca saborosa, o meu destino será o mesmo do peixe.

Mesmo sabendo como é difícil de achar o verdadeiro eu, vou continuar procurando. Sei que não sou eu que irei encontrar por meus próprios méritos, mas que ele será paulatinamente revelado. E só o que sei é que a única coisa que não serei é o que querem que eu seja.

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