A maldade do dinheiro

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devil-angel-money-e1327258650523Algumas pessoas dão liberdade a objetos inanimados, atribuem maldade a coisas e perversidade a ficções jurídicas. “O dinheiro é mau”, “as armas geram violência”, “o capitalismo é maléfico”. Parece que parcela da humanidade procura, de todas as formas, fugir da responsabilidade dos próprios atos e da consequência destes.

Será que o dinheiro é mesmo mau? Se eu considerar o dinheiro como sendo algo essencialmente mau, é mesmo que eu considerar uma inteligência superior fundamentalmente má. Da mesma forma que um gênio pode usar seu potencial intelectual para o mal, um bilionário pode usar sua fortuna para o mal. Ora, um privilegiado pela sua capacidade cognitiva pode fazer um bem imenso à toda a sociedade, da mesma forma um afortunado.

Da mesma forma são as armas. Coincidentemente, os países desarmados são os mais violentos do mundo. Não é possível que as autoridades que fomentam o desarmamento tenham boas intenções, isto porque os que as usarão para delinquir não comprarão armas de forma legal, ao contrário das pessoas que usarão para a sua defesa. Pior, nesses países desarmados, a população de boa vontade ficou, numa consequência imediata, sem possibilidade de defesa, e assim, os delinquentes sentem-se sem nenhuma ameaça. E é exatamente isso que se pode concluir, a arma em si mesmo não é um mal, mas ela é um mal em potencial, assim como um bem em potencial, quando usada para impedir uma agressão injusta. Se a Polônia pudesse voltar no tempo e ser bem armada contra a Alemanha nazista, talvez o fizessem.

Da mesma forma o capitalismo. Quantas vezes não ouvi falar que o dinheiro é ruim? Em território socialista, como estão se transformando cada vez mais o brasileiro, é comum pensar que o dinheiro é a causa da criminalidade. Isso é um completo absurdo lógico, contrariado prontamente pelos mais óbvios fatos constantes em países como Nova Zelândia, Austrália, Canadá, entre outros que possuem um mercado livre.

O que não se enxerga, na verdade, é o quanto o brasileiro é mal educado e essa é a única origem do caos em que aqui se encontra. Mal educado, desonesto, corrupto. Ser uma pessoa de bem neste território infame cada vez mais gera infelicidade, e a inevitável necessidade de também ser fera sempre vem à tona. Advogados mentirosos, políticos corruptos que governam para si, médicos sem nenhum interesse na vida humana, juízes que se vendem, engenheiros preguiçosos, empresários exploradores, trabalhadores venenosos, e por aí vai.

A culpa é do dinheiro? É de quem? A culpa é dos pais!

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Mania de profeta

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MadnessNão existe perigo maior quando alguém confia demasiadamente num além de si mesmo, ou excessivamente em si. Ainda pior é quando excede a confiança em si mesmo pelo pressuposto do além de si. Este é o fanático religioso que subestima o uso da razão e a reflexão ética e moral em prol de uma realidade sobrenatural que, não racionalizada, não se protege diante de uma vaidade impossibilitada de ser percebida e curada, da sua imaginação ou até mesmo da sua loucura.

Quem teve a oportunidade de ler biografias de santos místicos, depara-se com muitas perseguições por eles sofridas, muitas provações, pessoas que não acreditavam que eram eles canais sobrenatural da voz de Deus e das mãos de Deus. Hoje qualquer um que se considere místico e o mundo que respeite. Deus lhes fala por meio da oração, o que obviamente é possível, só que eles não usam nenhum freio da razão, nem muito menos utilizam o sobrenatural como recurso último, diante de toda Palavra Revelada e da sabedoria da doutrina da Igreja e até mesmo do bom senso. Fala-se em nome de Deus e sobre si dá-se autoridade quase papal, quando em cada palavra do fanático tem um “ex cathedra” embutido.

Em alguns níveis, a ilusão sobrenatural sem freio alcança níveis tão pérfidos, que a pessoa não dá autoridade diretamente a si nem confia diretamente em si mesma, mas se concede a autoridade sobrenatural divina por se considerar uma pessoa iluminada, seja por essência, seja pela prática. Dificilmente considera-se iluminada por razões naturais, porque a própria família já lhe daria o freio chamando-lhe de louca (pobre da pessoa que não der ouvidos), mas acaba por se considerar em razão de uma autoridade espiritual que lhe é concedida mediante a consagração de sua vida. Quem nunca se deparou com pessoas opinando erroneamente sobre sua vida, ou metendo-se, num ato de acreditada razão profética, lançou palavras totalmente enganadas? A culpa não é de Deus.

O que acontece? Essas pessoas, talvez por uma má formação ética, moral, por um déficit de conhecimento humano ou até mesmo por incapacidade cognitiva, esquecem o freio da razão, do natural, do lícito óbvio, para declinar-se em suas elucubrações sobre a verdade das coisas, e tudo isso sem um freio racional, sem um simples questionar-se da origem real das moções que recebe e da sua correspondência com a verdade. Muitas vezes, no maior absurdo dos absurdos, confia tanto na sua autoridade sobrenatural que confronta a verdade dos fatos, interpretando ao seu “iluminado” modo, que passa por cima da realidade. Beira, se não já alcançou, a loucura. Por outro lado, e de modo mais danoso, trata-se de uma pessoa de excelente formação, de alto nível intelectual, mas que, absorto de sua vaidade, considera a si mesmo um profeta. Esse engana a muitos.

É um perigo perceber que vê em terra de cegos e arriscar contar-lhes a verdade.

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