Impostos: para onde vai dinheiro?

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Em notícia veiculada, e copiada, como sempre, por outros informativos eletrônicos, sabe-se, agora, que o Brasil tem a pior relação custo x benefício com os benditos dos impostos. Esses aí que fazem com que carros, computadores e celulares tenham o dobro do valor que deveria ser. Mas, por que não ir mais a fundo nessa questão e entender a razão de tudo?
 
Pode ser mais simples do que parece. Os impostos não têm retorno direto à população e o que grande parcela da população não sabe é que a roubalheira acontece nas licitações. O TCU é quem melhor fiscaliza tudo, mas é amarrado, em razão de não ter poder de jurisdição (o que os juízes têm, de mandar parar tudo, por exemplo). Além do mais, facilmente pode ter suas contas cortadas pelo governo federal, que não quer ser fiscalizado. Lembre-se de Lula, que fazia constantes críticas ao TCU, porque, na verdade, impedia o seu grupo de roubar melhor.
 
Vamos fazer um breve raciocínio. Políticas de inclusão econômica social fazem com que os mais pobres tenham alguma possibilidade de compra (pelo menos agora, no Brasil, o pobre não fica mais pobre), os ricos têm advogados e contadores contratados e pagam bem menos impostos do que deveriam. E a classe média, a que sustenta o país, essa sempre se ferra. No final das contas, é a classe média que sofre a dureza dos impostos, já que o mais pobre para quase tudo tem seu caminho facilitado, inclusive na justiça.
 
A classe média explorada quer ter carro, casa, eletrodomésticos e etc., e vai pagar por tudo isso. Não vai deixar de comprar por causa dos impostos, por que são produtos essenciais. A parcela mais rica vende casa, compra carro à vista e os eletrônicos compra mais barato fora do país. A mais pobre, tem casa facilitada pelos programas de moradia, quando tem casa, anda de ônibus e de eletrônico, tem o básico em casa (obviamente tudo isso é uma suposição). No final das contas, a classe média é que sustenta tudo.
 
Impostos mais caros com a classe média presa, perfeito. Arrecadação recorde, melhor ainda. Agora o governo vai gastar, em parte. Boa parte desse dinheiro serve para dar força aos bancos brasileiros que são os que mais crescem e, que, provavelmente, financiam as eleições. Já a outra, obras. PAC, perfeito! Para as empreiteiras está feito o negócio. Só uma pausa para uma lembrança. Nos países desenvolvidos o setor que mais movimenta a economia é o com tecnologia agregada: eletrônicos, carros e tal. No Brasil, é o da construção civil, por dois motivos: o crescimento do país e a corrupção agregada. Ou será que nunca se viu venda ou troca de terrenos públicos com preços reduzidos?
 
Os impostos dão dinheiro para os políticos, na verdade, para quem sustenta o poder. Os partidos que revezam e não tem propostas diferentes e as empresas que os financiam e ficam com a parte lucrativa quando o seu time assume. É justamente isso, time. Porque os militantes não são nada mais do que torcedores de time de futebol, aqueles que são empresas. Eles torcem e sustentam partidos que não estão nem aí para eles. É aí que tem que começar a mudar, porque a política no Brasil ainda tem influência privada. Os eleitores brasileiros ainda não sabem pensar no público, vendem voto, votam na família, pensam no emprego e assim continua a mesma estrutura.
 
Reforma tributária só vai ficar na promessa, reforma política do mesmo jeito, pois ninguém tem interesse em se prejudicar. Essa estrutura é totalmente favorável já que no Brasil política é profissão. Quando debatem sobre os candidatos, não pensam em quem é melhor para o povo, mas para quem fala melhor, quem é mais articulado, e o povo se engana. Enquanto o povo não tiver educação de verdade e for vendida toda essa cultura de plástico, nisso se enquadra música, programas de televisão, filmes e muito sexo, esse país não vai mudar.
 

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