Aborto: liberdade para matar

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little-joy-mother-and-child-oil-painting-of-baby-original-1343877852_bDiz-se que devemos usar, como forma de linguagem, a que o destinatário do texto entenda melhor. Que devemos nos portar diferentemente, quanto ao linguajar, dependendo do ambiente que se está e do receptor. Disse a mesma coisa duas vezes. Então, que já se possa entender que estou me qualificando com o que disse. Irei falar do aborto para os que abortam ou são simpatizantes da ideia. Já estou falando disso e, aliás, tentarei ser o mais breve possível, para que possa ser lido.

Falam que é usar da liberdade, o abortar. Eu me pergunto se existe uma só liberdade, isto é, só a minha, ou só aquele que aborta. É como um adolescente imbecil pode gritar, insatisfeito com a vida, para seus pais: “Eu não pedi para nascer!” – Do mesmo modo, o feto que será morto pelo abortador –criei a palavra– não pediu pra morrer! Pois que eu saiba, liberdade não se vê de um lado só. Bem assim, ó: Se Fulano tem liberdade para matar, Cicrano, que não fez nada contra Fulano, tem liberdade para viver. Uma liberdade confronta a outra e Fulano não pode usar da sua liberdade. Então, para mim, e para quem quiser pensar assim, não existe liberdade para abortar.

Liberdade é um direito, e clamam pelos direitos da mulher sem pensar nos direitos da criança. Ah, claro! Não considera aquele feto como gente, pessoa, aquele que já foi feto um dia. Não há algo de mais contraditório, é como querer, forçadamente chamar branco de vermelho, e vermelho-sangue. Direitos, mais uma vez, confrontam outros direitos, a não ser que um ser humano que irá nascer não tenha direitos. No caso da legislação brasileira, tem. Só que esse pessoal que quer que outros abortem, que são bárbaras pessoas, vão passando por cima de tudo isso, de tudo que é lei, direito constitucional, tratado internacional, e por aí vai, e dizendo-se defensores dos direitos humanos.

Para terminar, só posso dizer que se o aborto não fosse consentido pela mãe, era, em vez de mais revoltante, um mínimo mais aceitável. Não consigo aceitar que uma mãe aborte seu filho, e é porque tenho mãe e é a pessoa mais importante da minha vida. Imagina se minha mãe resolvesse me matar? Se minha mãe tivesse me abortado, eu não estaria aqui escrevendo este texto contra todos esses que, para falar politicamente correto, tem o direito de pensar diferente. Mas, como eu não sou, digo mesmo que estou escrevendo para desumanos, e tenho que chamá-los assim, para que não seja de outras coisas.

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  1. Ninguém é de fato a favor do aborto. No entanto, alguns lutam por esse direito, visto que (não sei se você sabe) métodos contraceptivos podem falhar, podem ocorrer complicações durante a gravidez, entre outras questões. Além disso, atualmente sabe-se que até a 12ª da gestação não existe atividade cerebral, ou seja, a ideia de que a vida inicia-se na fecundação não é mais válida para a medicina, mas sim a partir do momento em que o indivíduo a ter essas atividades, sendo assim, aborto não pode ser considerado "assassinato". Tanto é assim que quando um paciente tem morte cerebral, ele é declarado morto. Minha opinião para você pensar um pouco a respeito. Abraço :)

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  2. Caro anônimo (a). Esse discurso é justamente o que eu vejo usualmente, e o que eu vi no julgamento acerca dos fetos anencéfalos. Entretanto, desconheço essa pacificidade na medicina quanto ao início da vida. Ao contrário do que se pode ler em fundamentações de ministros do STF favoráveis ao aborto, há ainda discussões na medicina quanto ao início da vida ser no momento da concepção ou da nidação. Creio que por toda a potencialidade e o conteúdo genético, inicia-se na concepção. Isso é o que afirma também o Pacto de São José da Costa Rica ou Convenção Americana de Direitos Humanos, o qual foi esquecido pelos ministros da nossa Suprema Corte quanto ao julgamento dos anencéfalos.

    A vida iniciada não pode ser uma questão de opção nem de utilidade; nem pode ser rejeitada por não ser planejada, ou por não ser bem vinda. Se não existir vida, não existe nenhum outro direito, e esse raciocínio simples e básico pra se chegar à conclusão de que a vida é o supremo dos direitos e nenhum outro pode se sobrepor a ele.

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