E a gratidão se compra?
Havia um homem chamado Frederico, Frederico Nite. Ele havia feito
um experimento em um dia que estava de mau humor, aquele experimento da praça
de xingar a pessoa e dar mil pesos. Resolveu desenvolver. Lançou uma pesquisa
na faculdade de psicologia da universidade da cidade, convocou as cobaias
humanas e começou o teste. Claro que não chamou outros pesquisadores, porque
não quer que roubem sua descoberta.
O teste se consistiu no seguinte, cada cobaia, que era uma pessoa
de virtude moral normal, mediana, se comprometia a agora fazer todas as coisas
boas para as demais e verificar o nível de gratidão delas. Deixe-me explicar
melhor. Não era básicamente para verificar a vericidade do ditado que diz que
gratidão gera gratidão, não, era para ver o quando as pessoas se faziam
obrigadas a serem gratas, a tratar bem, a dar mais vantagens e a serem mais
bondosas com as pessoas, únicamente pelo fato de que foram boas com elas.
Os resultados começaram a sair com o tempo. Alguns das cobaias que
tinham as famílias mais saudáveis, viam os seus pais e irmãos contentes, mas
básicamente não verificavam diferença no dia-a-dia. Já as familias com laços
inseguros, pouco distantes ou com um relacionamento baseado em algum tipo de
amor que não seja saudável, como possessivo, visualizaram grande melhora no
relacionamento.
Frederico, pouco animado com os resultados, decidiu cancelar a
investigação antes que viessem mais gastos e cobranças por parte da
universidade. Concluiu rapidamente que quanto mais liberdade, mais o amor é
verdadeiro, e que a gratidão só era boa se não gerasse nenhum tipo de
obrigação, até porque quem ama não deve esperar nada em troca. Mas, antes do
cancelamento, fez um último experimento.
Pediu para que todos voltassem ao normal e relatassem o resultado.
Os que tem uma familia saudável, mais uma vez, relataram que não houve muita
mudança, e até por parte deles, quiseram continuar a melhora porque viram
felizes o que amavam. Já os de relações menos firmadas na base do amor
verdadeiro, viram suas relações piores do que estavam antes da pesquisa e a
presença constante de reclamação e cobranças.
No final das contas, escreveu um livro repetindo o que todo mundo
deveria saber e enviou convites para as famílias dos que não tiveram piora
depois do segundo experimento para que fossem pacientes da equipe de psicólogos
e alunos montada especialmente para o estudo e solução destes problemas, específicamente.
Esse estudo, sim, foi levado a sério e ainda está em continuação.
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