Eurico e o Robô
Era uma vez um homem chamado Eurico, ele era um homem poderoso e rico, enriquecido pelo povo.No ano de 2040 acumulava seus 119 anos, e começava a se preparar para a sua iminente morte, pois, ao completar seus 120 anos, suas células começariam a se autodestruir, coisa que a engenharia genética não foi capaz de evitar.
Eurico tinha carregado algumas desavenças na vida, era um político, e havia várias situações que sua ânsia de ter falava bem mais alto que seu coração. Por isso, quando estava para completar 100 anos, teve seu mandato cassado por peculato, e a lei, já evoluída, já tinha estabelecido que a cassação de mandatos fosse definitiva. O grande autor dessa façanha era um eminente juiz que convenceu toda a bancada, ele foi hábil por usar a sociedade como escudo e, principalmente, como instrumento coercitivo. O velho carregava incomensurável rancor por este homem digno.
Enfim chegou a hora da elaboração de seu testamento e o moribundo, que não tinha como amigos nem mesmo seus familiares, dos quais não era noticiado há muito tempo, deixou um testamento para seu robô que dizia:
Meu querido e fiel companheiro, enfim alcançou-me o destino, vim para ser nutriente dos vermes, e estes comerão da carne da mais alta nobreza. Deixo-te como herança o eterno desejo de minha razão, para que assim sejas digno de minha infinda estima. Deves eliminar aquele que ousou obstruir meu caminho de glória. Mate o juiz Tomás Carneiro, e deixe todos os meus bens para sua família, que merecerá indenização póstuma.
Seu fiel companheiro executou sua tarefa com sucesso e teve início aquela imensurável polêmica entre aqueles que decidiam os direitos.
Pergunta-se, pois: Quem, o quê e por quê deveria ser punido? (Uma dica: Pense como um juiz analisando o caso.)
Que história interessantem é de sua autoria? Não me estranharia de ocorre-se de verdade, as pessoas são vingativas e tem um senso de justiça bastante distorcido.
ResponderExcluirAbraço
Ahh desculpa, esqueci...
ResponderExcluirO Eurico pune ao Juiz e sua familia por vingança. Qual a sua análise???
Pq professor de literatura???
ResponderExcluirNa verdade quem está punindo não pode ser o robô, pois uma ferramenta programada, nem o juiz, pois este foi assassinado, quem acabou sofrendo com a perda foi sua familia, logo essa é a punida.
Esta é punida pois o juiz digno fez a lei ser cumprida.
hmm, interessante, nao consegui pensar desse modo... Isso é verdade, o crime nao ocorreria se nao tivesse o robo.
ResponderExcluirAbraço.
Parabéns!
ResponderExcluirInteressante a forma como esse texto está escrito,principalmente por fomentar um debate, através das perguntas com que você encerra a narrativa.
Quem? Eurico, o robô, a sociedade deveriam ser punidos, mas como punir quem está prestes ou já deixou de existir, quem não possui vida própria ou uma multidão de anônimos?
Eurico por ser o autor moral, o robot por executar o crime, a sociedade por não proteger o cidadão e permitir que seus representantes tenham desvio do comportamento correto esperado.
Um abraço
Seu blog está com poucas visitas? Quase nenhuma? Morrendo?
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