Do Cristianismo
Religiões. O relativismo põe todas no mesmo patamar. É bem verdade, devemos respeito às diversas culturas. Todavia, para mim, cristianismo não é uma religião. Não é algo meu que eu defendo, mas algo além de mim, antes de mim e maior que eu. Não é algo criado, mas uma verdade revelada.
Todo erro que houve na história do cristianismo não foi em sua doutrina, porquanto ela é absolutamente perfeita. Foi falha do falho. Não pense que venho aqui com aquele mesmo argumento que sempre de que quem peca são os homens, ainda que seja verdade, porque a Igreja em si não pode pecar, já que ela não é um ente. É como dizer que a República Federativa do Brasil mente, mata e se prostitui. Não! O que quero dizer é que a doutrina do cristianismo é “contra” o cristão. O sentido da vida para o cristão é amar, e amor para ele é a doação total de si em sacrifício e serviço do outro. Tudo que o cristão deve fazer para assim ser é se esquecer. Todo erro grave que houve no cristianismo, portanto, foi por cristãos de nome e que usurparam deste nome, mas não de coração.
Tão incrível é o cristianismo, que o próprio Deus que ele prega se fez homem e deu o exemplo. Ele, sendo Deus todo-poderoso, humilhou-se e fez-se escravo para o homem, sua criatura, dando assim exemplo para todos seus seguidores, porque disse que o maior no Reino Dele é o que aqui mais serve. É com isto que pergunto: qual povo seria capaz de criar uma religião que o condena? Digo ainda mais! Todo o que se diz cristão e prega que Deus dará riquezas materiais, bem-estar e tudo mais de bom que algum ser humano quer nesta vida, é tudo, menos cristão! Porque cristão que é cristão, não está preocupado consigo, com seu próprio bem estar. Quem prega isto não passa de um charlatão e quem o segue não está nada mais caindo nas tentações diabólicas nas quais Jesus não caiu, quando não transformou a pedra em pão (prazer), não quis todos os reinos deste mundo (ter) e não se jogou precipício abaixo para ser salvo por seus anjos (poder).
Tão perfeito o cristianismo, que passa o tempo e nós vamos entendendo mais daquilo tudo que está escrito, não por nossos méritos, mas pelo auxílio e poder do Espírito Santo, que é Deus. Só com Santo Agostinho, quatro séculos depois da morte de Cristo, é que fomos entender a Santíssima Trindade; só com São Francisco, oito séculos mais tarde, fomos compreender o sentido da pobreza; quatro séculos depois, fomos entender a vida de oração e o caminho espiritual, com Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz; três séculos depois, viemos entender que o amor se dá nas pequenas coisas, com Santa Teresinha; e, poucos anos atrás fomos entender que o caminho é o do diálogo, não o da imposição, com João Paulo II. Sem contar todos os outros iluminados por Deus como Santa Faustina Kowalska que nos fez compreender melhor a misericórdia de Deus.
Não fosse suficiente, o Deus dos cristãos não é um Deus egoísta e orgulhoso, mas um Deus que nos constrange com seu infinito amor. Amor que é gratuito, fiel, constante, misericordioso, providente... Sem contar que Ele tudo faz por nós, na pessoa do Pai, doou o que de melhor tinha, Seu Filho, para nós; Este, doou a sua própria vida para nos salvar; e o Espírito, doa-se a Si mesmo e habita em nós, a fim de dar-nos condição divina. Não é um Deus distante, de quem nós somente ouvimos falar, mas é próximo e convive, dialoga, enfrenta a vida conosco.
E assim o tempo vai passando, passando, e o cristianismo vai persistindo com sua duríssima doutrina. Muitos e muitos são seus seguidores, não por capricho e religiosidade (digo os verdadeiros), mas porque descobriram a verdade. Encontraram verdadeiramente a Deus, e por esse encontro, descobriram também a si mesmos. Creem não por conveniência, mas por sinceridade. Não vivem de qualquer jeito, mas vivem para amar, porque no amor, este que não retém nada para si, descobriram o sentido da vida e a fonte de sua felicidade. Não obstante a felicidade e o sentido da vida, descobriram também a solução para todos os problemas da sua vida e da vida dos outros. Enfim, descobriram a cura para o mundo, porque o problema do mundo é a vaidade, e a vaidade é o contrário do amor.
Igor, sem dúvidas o meelhor (disparado) texto que já li do seu blog! Muito obrigado.
ResponderExcluirÉ o segundo texto que leio seu e estou admirado com a sua reflexão que é feita de uma forma serena, onde a religião é tratada como realmente ela é. Parabéns pela maturidade, pelas colocações pertinentes e pela coerência de seus pensamentos.
ResponderExcluirRaimundo Antonio de Souza Lopes
Igor,primeiramente Parabéns! estou mt feliz por duas coisas a primeira porque o blog voltou a "funcionar" e a segunda já voltou assim? ou menino pra escrever bem ! Deus te abençoe sempre!
ResponderExcluirIgor... Deus te usa neste dom maravilhoso que ele mesmo lhe concedeu! Obrigada por se deixar usar pelo Espírito Santo para falar aos nossos corações!
ResponderExcluirPazz e bem!
Feliz Páscoa!
Irmão, que maravilha de Deus!!! O texto faz-nos refletir tão solenemente o que somos e para que somos chamados, como cristãos, filhos de Deus! Bendito seja Deus que nos criou e sempre se abaixa para nos elevar! Este Deus que nos chama a nos assemelharmos mais e mais a si. Vivendo a experiência shalom de ser: abraçarmos a cruz diariamente e nela e por ela morrermos até o fim, para a seguir ressuscitarmos e transbordarmos essa experiência de amor para os confins da terra!!!
ResponderExcluirCiro Othon
=D q coisa linda Igor...parabéns por se doar dessa maneira.
ResponderExcluirDeus continue abençoando vc.
abraço
aff
ResponderExcluirCaprichou nesse texto de "volta" ein? Muito bom mesmo, parabéns
ResponderExcluirQuanta sabedoria transmitida! onde você se expressa de forma serena, de quem encontrou o caminho da Luz Divina!
ResponderExcluirQue Deus te abençoe e cubra de benção para você continuar a transmitir, através de suas reflexões, essa luz que ilumina o nosso caminhar.
Namastê