Apelo de misericórdia!

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crucified-robert-cunningham Diz-se que quem não é batizado não pode ser salvo. Isto destrói meu coração, porque, se num mundo de sete bilhões de seres humanos, a terça parte somente é batizada, o que se acontece com o restante?

Cresci em ambiente cristão. Os valores do Evangelho foram-me comunicados desde o ventre da minha mãe, isto por graça de Deus, que sabe bem o que seria de mim se não estivesse em minha vida desde tão cedo. Mas, eu pergunto: o que acontece com os que não tiveram a mesma sorte?

Alguns tiveram o anúncio de Cristo chegado aos seus ouvidos e decidiram-se por serem batizados, em virtude de uma experiência concreta com o Ressuscitado que passou pela cruz. Da mesma forma, pergunto-me o que será daqueles a quem esse anúncio não alcançou, ou, por uma razão ou outra, não tiveram a sorte de terem sido abertos os corações e não experimentaram o melhor que se pode ter nesta vida. E eles?

Por isso, chego à conclusão de que o mundo pode não ter ouvido, nem vivido, aquilo que é a Verdade, por inércia daqueles que não a conhecem, que poderiam ter trabalhado muito mais para que chegasse neles a voz de Deus. Por isso, chego à conclusão de que eu tenho culpa e responsabilidade por todas as vezes que não anunciei, não anuncio, e não anunciarei. Por isso, chego à conclusão de que eu também não mereço a salvação, que sou um filho ingrato e desobediente de Deus.

Entretanto, peço a Deus misericórdia de mim, porque tenho limites e o próprio Cristo, que não foi compreendido enquanto estava caminhando entre nós. Quanto mais limitado sou eu e mais limitado ainda sou em viver neste mundo, que perece do pecado em que constantemente caio. Não! A mim peço misericórdia, porque sou verdadeiramente homem, mas não sou verdadeiramente Deus.

Mais ainda, do eu que tenho a graça e não mereço, e não cumpro, sou digno de misericórdia, quanto mais que eu são passíveis de misericórdia aqueles que não conhecem o Amor! Desse modo, peço a Deus, que, se a misericórdia Dele me alcança, mesmo sendo tão incontável o número dos meus erros e tão indigno que sou do seu chamado, que a eles alcancem mais ainda, a eles que, muitas vezes são melhores e mais dignos do que eu.

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