Conversa com um cientista

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mother-of-god-template Eis que vinte e cinco anos depois de terminados os estudos escolares, dois amigos antigos se encontram e começam aquela conversa de quem não se viu faz é tempo:

- Fala, cabeção! Quanto tempo, cara! Como tá tua vida?

- Que se dê um grande brado de alegria em forma de bom-dia, porque dois grandes amigos se encontram. O que responde à pergunta afirma que sua vida vai bem junto à esposa e filhos e quer saber como está a daquele.

- Hein? Cara, tu tá estranho... tu quer saber como tá a minha? Se for, eu sou missionário agora, rapaz. Tô feliz pra caramba! E conta mais aí. Tu tá fazendo o que da vida?

- Com mestrado na UNB e doutorado na USP, José Felinto de Almeida tornou-se professor concursado na UFMG de Direito Constitucional. Ainda assim, sendo doutor, o professor supracitado tem dúvidas acerca da vida missionária.

- Cara, tu tá estranho! Mas acho que tô começando a entender. Meu irmão, eu vivo da providência divina, fiz votos de pobreza, obediência e castidade. Sou muito feliz assim! E a família, tu tem quantos filhos?

- José Felinto de Almeida tem 5 filhos, sendo três mulheres e dois homens. Todos ainda menores de idade. O mesmo se interessa em saber como é a vida missionária com relação ao assunto em questão.

- Eu sou casado e tenho três filhos. Com alegria vivemos da paternidade de Deus que não nos deixa faltar nada...

(Pausa de alguns segundos)

- Cabeção, me diz aí, porque tu fala assim?

- A resposta é de fácil compreensão. “Faz parte da linguagem científica o uso da terceira pessoa. Perde-se a identidade e a voz no mundo acadêmico e o interlocutor, sempre que usa a fala de outra pessoa, deve citá-la.” Isso se encontra na obra “Epistemologia da Ciência”, página 98, de Igor Almério de Souza.

- Grande amigo, foi um prazer te reencontrar, mas tenho de ir. Te desejo toda a felicidade do mundo nessa sua jornada. Fica com Deus. Shalom!

- "Felicitações sinceras são comuns entre amigos. Por isso, deve-se corresponder sempre na mesma medida." Isso está em “Ética da Amizade”, página 236, de Rafael de Farias Gondim.

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