Da Loucura
Nos dias de hoje, diferentemente de antigamente, o normal é ser louco. O problema é o que é ser louco hoje. Ser louco, atualmente, é aquele que faz uma tatuagem, coloca um piercing não digo onde, faz um moicano na cabeça, "dá em cima" de todo o mundo, passa a madrugada inteira numa "rave" e coisas do tipo. O problema maior é que esse louco está ficando normal, todo mundo faz isso, e se não faz, aí é que é louco!
Hoje, quem faz o bem, quem não julga, quem confia nas pessoas, quem espera, quem tem paciência, quem é humilde, quem serve, enfim, quem ama, não é tachado como louco, mas muito pior, é considerada uma pessoa totalmente sem juízo.
Deviamos nos juntar, e procurar o que fosse, as Câmara de Vereadores de todas as cidades, Assembléias Legislativas, o Senado e a Câmara Federal, por fim, o Presidente da República, para instituirmos dentro do Calendário Nacional o Dia da Loucura. Esse seria um dia para todos os cidadãos deste sério país praticarem a loucura, essa que se consistiria em amarmos uns aos outros, independente de diferenças. O amor que eu falo aqui não é o dos anos 60, mas o de I Coríntios 13.
Dia 7 de outubro, o dia escolhido para nós dividirmos nosso almoço com os pobres, darmos banho em mendigos, chamarmos as prostitutas para um jantar e perguntarmos a elas a história de suas vidas, um dia para se perdoar (não se absolver) os criminosos, um dia para não praticar a corrupção, um dia para não vender nem comprar pornografia, enfim, tudo isso que dá pra perceber que, hoje em dia, quem pratica é considerado um alienígena.
Que essa loucura, de outro lado, não seja coisa de um só dia, mas costume de todos.
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Muito bom esse blog,voltarei aqui para ler mais!
ResponderExcluirhttp://webfuel.blogspot.com/
realmente, seria O DIA da loucura. mas essa loucura é tão gostosa. pode contar comigo!
ResponderExcluirtambém acho que as pessoas deveriam fazer mais pelos outros do que se preocuparem apenas com a forma que se apresentam ao mundo esperando uma aprovação que nunca virá. tá mais que certo propagar a palavra do Senhor pra esse mundão que esqueceu o quanto um só fez por nós e acha que é careta ser humilde o suficiente pra admitir que sem Ele não somos nada.
grande abraço
a nossa "normalidade" pode ser loucura pra outras pessoas...td na vida é relativo...
ResponderExcluirOlá Igor. Realmente gostei muito desse texto, e concordo na maioria dos pontos que você denominou como " loucura ".Eu juro que já acho loucura ficar o dia todo estudando e nas horas de descanso ler blogs inteligentes e interessantes como o seu, mas de boa, eu me orgulho disso...Afinal, quem disse que ser normal é uma coisa boa??
ResponderExcluirAbraços!!
tenho de concordar com vc, nunca fui de sair muito, beber e fazer essas coisas, por isso me consideram estranha, mas uma vida assim me parece tão mais divertida!
ResponderExcluirDia 7 dia de ajudar o próximo? poderiamos fazer um mês inteiro,seria bem interessante!
BJS
fique com Deus
Caro Igor,
ResponderExcluirPassei pelo seu blog, pois tive uma conversa com Allison Cassimiro, grande amigo meu e que eu estudei com ele o curso de Direito. Comentei da sua pessoa e do seu blog. Ele falou, aliás, ambos falamos bem da sua pessoa. Mas, não é disso que venho tratar aqui. Você versa por uma temática "A Loucura" em que, com o perdão da sinceridade (sin= sem ; cera = cera), isto é sem cera, transparente, não tem muito conhecimento de causa. Quando vi o tema "A Loucura", "ôpa", pensei, tratei logo de ler.Pensei que você iria se aprofundar e versar sobre o que de ato é loucura? Ou então, fazer menção a Eramos de Roterdã em seu ensaio "Elogio da Loucura". Ou citar certos nomes que foram tachados de loucos na história da humanidade como, por exemplo: a
Sócrates; Jesus Cristo; Sidartha Gautama; Luther King; Ghandi; Joana D´arc; Madre Tereza; Jonh Nash...enfim, homens e mulheres que mudara o rumo da humanidade e que de fato fizeram história e foram taxados pelos que não tinham discernimento de loucos, de doidos, "sem juízo". A esse "loucos" eu bato palmas e a eles deveria ser instituído um dia. Não é à toa que o sábio filósofo Platão escreveu "O mito da Caverna" que retrata de uma maneira poética, imagética e filosófica sobre àqueles que ousam libertar-se dos grilhões da conveniência e do senso comum e não aceitar tudo de uma maneira tão "pacífica", tão letárgica. Isso sim é manifestar a verdadeira e filosófica loucura e não tripudiar ou escarnar aqueles ou aquelas que têm coragem gana, ousadia e sabedoria para deixar que sua história de vida por si só fale por eles. Realmente deverei existir uma dia para o louco, tanto o que realmente padece de uma estado alucinógeno e delirante e vê que são seres humanos também com todas as suas fragilidades e vulnerabilidades e que nós que nos consideramos muitos "sãos" ter a sensibilidade de enxergar que os mesmos problemas, as mesmas angústias, os mesmo sentimentos que neles habitam em nós também co-habitam. Portanto e por isso, deixo o meu recado: antes a insanidade doce, pura e genuína à uma racionalidade imbuída de pré-conceitos, em que a história da humanidade foi respalda. A super valorização de cientista,da ciência, da razão em que se foi vilipendiada tantas vítimas, aviltados tantos direitos humanos, e por causa de uma super valorização de uma raça pura, ocorreu a maior mácula na história da humanidade: O Horror do Nazismo, do Holocausto. E tantos genocídios, etnocídios. E pensar que toda essa barbárie foi cometida por pessoas normais. Pergunto: A normalidade realmente é sã?
Ps.: Deixo essa para pensar e se quiser, responder
Raquel Cavalcanti Fernandes